quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Lenda da Moça


À noite ela desce ao rio
Levando consigo formas soberbas
Na calmaria que o vento permite, o cio
Se desmancha aos levantes das pernas

E banha seu corpo no céu da maré
Vestido despido ao olhar animal
Um homem surgindo, um olhar divinal
Seduz a mestiça, morena possante

Cativa ela foi banhar seu corpo nu
Encantada surgiu dançando amante
Do homem-animal, dos rios meliante

Na aurora descida ao fundo se foi
A mestiça-amante ao coito partiu
Deixando marcados a noite e o rio

Melgaço, 29 de novembro de 2010.

2 comentários:

  1. Entregar-se a encantos sempre nos marcam, principalmente quando são encantos além do que supomos imaginar...

    Lindo poema Itamar, realidade e utopias misturam-se aos versos trazendo a luz encantadora da paixão.

    Abraços

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  2. Puxa, Zack! Vamos atualizar "O Navegante", meu chapa! Pensa bem: O mundo está um verdadeiro "Caos", chegando à "Última Estação", um verdadeiro "Rio das Dores" e se ainda ficarmos "Por Trás Das Portas", sorvendo nosso "Poema Amargo", num triste "Monólogo" então perderemos todos nossa "Identidade!"
    Vamos postar os suspiros de nossa alma a gosto, antes que "Agosto" nos silencie!!!

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