À noite ela desce ao rio
Levando consigo formas soberbas
Na calmaria que o vento permite, o cio
Se desmancha aos levantes das pernas
E banha seu corpo no céu da maré
Vestido despido ao olhar animal
Um homem surgindo, um olhar divinal
Seduz a mestiça, morena possante
Cativa ela foi banhar seu corpo nu
Encantada surgiu dançando amante
Do homem-animal, dos rios meliante
Na aurora descida ao fundo se foi
A mestiça-amante ao coito partiu
Deixando marcados a noite e o rio
Melgaço, 29 de novembro de 2010.